Nós, da Clínica Formare, reconhecemos que receber um diagnóstico de autismo pode ser uma jornada emocional desafiadora, repleta de incertezas e preocupações para as famílias de crianças, jovens, adultos e para os próprios autistas. Como psicólogos com uma abordagem centrada no cuidado e na compreensão, baseada na Análise do Comportamento Aplicada e considerando as diretrizes do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico – 5ª edição), estamos aqui para fornecer informações e apoio enquanto vocês percorrem esses caminhos.
Este artigo foi elaborado sob a influência das ideias de B.F. Skinner, um dos pioneiros da Análise do Comportamento, e pelo trabalho de Kanfer e Saslow (1976), que ofereceram contribuições valiosas para o campo do diagnóstico.
O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por desafios na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. As características principais do Espectro do Autismo, de acordo com o DSM-5, incluem:
• Dificuldades na Comunicação Social: Pessoas no espectro do autismo podem enfrentar desafios para entender e utilizar a linguagem verbal e não verbal para interagir com outras pessoas, expressar seus pensamentos e desejos. Isso pode se manifestar como dificuldade em manter uma conversa, compreender expressões faciais ou interpretar pistas sociais.
• Padrões Repetitivos de Comportamento: Comportamentos repetitivos podem se manifestar de várias maneiras em pessoas com autismo, incluindo movimentos motores estereotipados e adesão a rotinas rígidas. Esses comportamentos podem proporcionar conforto para as pessoas no espectro.
• Interesses e Atividades Restritas: Pessoas com autismo muitas vezes desenvolvem interesses intensos e específicos em temas particulares.
• Dificuldades nas Interações Sociais: A dificuldade em compreender as normas sociais e estabelecer relacionamentos interpessoais é uma característica observada em pessoas com autismo.
• Hipersensibilidade ou Hipossensibilidade Sensorial: Algumas pessoas com autismo têm respostas sensoriais incomuns, sendo hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos sensoriais diversos.
O Papel da Análise do Comportamento no Diagnóstico
A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma ciência desenvolvida por vários pensadores, incluindo Skinner. A terapia ABA é baseada em evidências científicas e usada para intervenção em pessoas com autismo, visando promover mudanças positivas no comportamento por meio de estratégias personalizadas.
A avaliação inicial em ABA é fundamental para o desenvolvimento de um plano de intervenção eficaz e para o diagnóstico de autismo, realizado por uma equipe multidisciplinar.
Receber um diagnóstico de autismo pode ser desafiador, mas é o primeiro passo para obter o apoio necessário. É importante saber que as famílias de pessoas com autismo não estão sozinhas: existem movimentos de neurodiversidade, recursos e instituições como a Clínica Formare, que podem ajudar com informações científicas e planos de desenvolvimento para o futuro.
Para as famílias, buscar apoio emocional e educar-se sobre o autismo e as estratégias de ABA são passos importantes. Com paciência, compreensão e intervenção adequada, as famílias podem ajudar seus filhos a alcançar seu potencial máximo. A Clínica Formare está aqui para apoiá-los em cada etapa dessa jornada.
Referências Bibliográficas
Skinner, B.F. (1953). Science and Human Behavior. Macmillan.
Skinner, B.F. (1957). Verbal Behavior. Copley Publishing Group.
Skinner, B.F. (1974). About Behaviorism. Knopf.
Kanfer, F. H., & Saslow, G. (1976). Um roteiro para o diagnóstico comportamental.
