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Intervenção Precoce para o Desenvolvimento de Pessoas Neurodiversas: Orientações Essenciais para Famílias na Clínica Formare

Você já ouviu falar sobre a importância da intervenção precoce no desenvolvimento de crianças neurodiversas? Na Clínica Formare, reconhecemos o valor dessa abordagem para ajudar a construir autonomia, independência e habilidades essenciais. Neste post, vamos explorar o que é a intervenção precoce e como ela pode trazer beneficios, oferecendo apoio e orientação para familiares e cuidadores.

A intervenção precoce visa trabalhar em habilidades ainda não adquiridas, começando desde os primeiros sinais de atraso no desenvolvimento. É durante a primeira infância, dos 0 aos 3 anos, que o cérebro está mais receptivo à aprendizagem, tornando esse período crucial para estimular o desenvolvimento cognitivo, social, emocional e motor da criança. Ao proporcionar intervenções individualizadas e baseadas em evidências desde cedo, podemos aproveitar ao máximo a plasticidade cerebral e promover um progresso mais rápido e duradouro.

Segundo a Associação Brasileira de Pediatria, a intervenção precoce é um conjunto de terapias destinadas a aumentar o potencial de desenvolvimento, reduzir dificuldades, promover habilidades intelectuais e básicas, e, por fim, promover a autonomia e independência da criança. É importante ressaltar que a intervenção precoce pode abranger uma variedade de áreas, incluindo cognição, comunicação, habilidades sociais, sensoriais e ocupacionais.

Para garantir a eficácia das intervenções, é essencial que elas sejam direcionadas, individualizadas e baseadas em evidências científicas. Além disso, a participação ativa dos pais, cuidadores e escola é fundamental para o sucesso do processo. A colaboração entre uma equipe interdisciplinar especializada, composta por profissionais de diferentes áreas, também é crucial para oferecer um suporte abrangente e alinhado.

Embora muitas vezes seja subestimada, a intervenção precoce pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento e na qualidade de vida da criança. Iniciar as intervenções nos primeiros anos de vida pode ajudar a prevenir desafios futuros e promover um melhor desenvolvimento.

É importante ressaltar que a intervenção precoce não busca “curar” o autismo ou outras condições neurodiversas, mas sim oferecer suporte e recursos para que as crianças possam alcançar seu máximo potencial. Com o apoio adequado e intervenções personalizadas, as crianças neurodiversas têm o direito de desenvolver suas habilidades, desfrutar de uma vida plena e contribuir para a sociedade de maneira significativa.

Referências:

– Associação Brasileira de Pediatria (2019)

– Rodgers M, Marshall D, Simmonds M, Le Couteur A, Biswas M, Wright K, et al. Interventions based on early intensive applied behavior analysis for autistic children: a systematic review and cost-effectiveness analysis. Health Technol Assess 2020;24 (35).

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Quem escreve:

Silvia Marinho

Sócia-Diretora e Terapeuta Ocupacional

Caroline Luiza Coelho

Psicóloga Supervisora da Clínica Formare

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