A Educação Física tem papel essencial no desenvolvimento global de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mais do que promover saúde e bem-estar, ela contribui para o avanço das habilidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais. Quando adaptada às necessidades individuais, torna-se uma ferramenta terapêutica poderosa, que favorece a autonomia, a autoconfiança e a interação com o ambiente.
Na Clínica Formare, a Educação Física adaptada é parte do cuidado interdisciplinar, integrando-se a áreas como Psicologia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Psicomotricidade, para potencializar resultados e promover um desenvolvimento completo.
O profissional de Educação Física adaptada avalia, através de protocolos específicos, os déficits e potencialidades de cada pessoa neurodivergente, estruturando objetivos que garantem o melhor aproveitamento da prática.
O plano de ensino é sempre individualizado, com foco em capacidades físicas como agilidade, coordenação motora global, equilíbrio, força, flexibilidade e resistência cardiorrespiratória. Também são desenvolvidas habilidades motoras fundamentais (manipulação de itens, locomoção e estabilização) e cognitivas, como concentração, planejamento motor e controle inibitório.
A Educação Física adaptada também oferece oportunidades de prática esportiva, promovendo valores como respeito às regras, disciplina, autoestima e confiança. Essas vivências fortalecem o senso de pertencimento e ampliam as possibilidades de socialização.
O sedentarismo, cada vez mais comum, traz prejuízos à saúde e reduz a interação com o meio. A Organização Mundial da Saúde recomenda cerca de 50 minutos diários de atividade física, e para pessoas autistas, essa prática é especialmente importante para desenvolver atenção, coordenação, equilíbrio e habilidades sociais e prevenção de obesidade, uma vez que muitos pacientes são medicados.