O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, além de comportamentos repetitivos e restritos. O termo “espectro” reflete a ampla variedade de manifestações, habilidades e necessidades de suporte que indivíduos com autismo podem apresentar.
Por que chamamos de espectro autista?
O termo “espectro” foi inserido ao nome do transtorno em 2013, na quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), para descrever a diversidade de sinais e níveis de suporte que as pessoas autistas apresentam. Isso significa que cada autista tem seu próprio conjunto de manifestações, dificuldades e individualidades, tornando-o único dentro do espectro.
O uso do termo espectro evita estereótipos e amplia a compreensão sobre as diferentes formas de ser autista. Segundo dados do CDC, 1 a cada 36 pessoas está no espectro autista, ilustrando a diversidade dentro desse transtorno.
Características comuns do TEA
Apesar da diversidade, existem características comuns no TEA, necessárias para o diagnóstico clínico, como estabelecido pelos manuais diagnósticos (DSM e CID):
Dificuldades na comunicação social e interação social:
Apesar da diversidade, existem características comuns no TEA, necessárias para o diagnóstico clínico, como estabelecido pelos manuais diagnósticos (DSM e CID):
- ✅ Dificuldade ou ausência de fala.
- ✅ Falta ou ausência de contato visual.
- ✅ Dificuldade em entender e compartilhar emoções.
- ✅ Prejuízos na interação social, como dificuldade em iniciar conversas e entender ironias.
Comportamentos restritivos e repetitivos:
- ✅ Fixação por certos objetos ou temas.
- ✅ Movimentos repetitivos com o corpo (como abanar as mãos) ou fala (ecolalia).
- ✅ Dificuldade em entender e compartilhar emoções.
- ✅ Prejuízos na interação social, como dificuldade em iniciar conversas e entender ironias.
Nem todos os autistas apresentam todos esses sinais, por isso é essencial uma avaliação clínica profissional para um diagnóstico correto.
Níveis de suporte no autismo
O TEA é classificado em três níveis de suporte, baseados na necessidade de ajuda que cada indivíduo requer:
Nível 1 (autismo leve):
- ✅ Dificuldade em iniciar interações e menor interesse em relacionamentos.
- ✅ Comportamento inflexível que dificulta atividades cotidianas.
- ✅ Pouco ou nenhum prejuízo na linguagem funcional.
Nível 2 (autismo moderado):
- ✅ Dificuldade acentuada com comunicação verbal e não verbal.
- ✅ Habilidades sociais limitadas e dificuldade em lidar com mudanças.
- ✅ Pode ou não ter deficiência intelectual e linguagem funcional prejudicada.
Nível 3 (autismo severo):
- ✅ Graves dificuldades de comunicação.
- ✅ Pode ou não ter deficiência intelectual e ausência da linguagem funcional.
FAQ: Perguntas frequentes
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e envolve comportamentos repetitivos e restritos.
Porque cada pessoa com autismo apresenta um conjunto único de manifestações e necessidades, variando amplamente de indivíduo para indivíduo.
Dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e restritivos.
Nível 1 (leve), Nível 2 (moderado) e Nível 3 (severo), cada um indicando a quantidade de suporte necessário para o indivíduo.